Recentemente vimos como estruturar e fazer um briefing de marketing. Dessa vez vamos mostrar cinco tipos de anúncio que o Google mais puniu no ano passado.
Uma internet livre e aberta é um recurso vital para pessoas e negócios ao redor do mundo. Nesse contexto, bons anúncios são importantes para garantir que as pessoas tenham acesso à informação de qualidade.
Anúncios ruins, no entanto, podem estragar a experiência para todos, tanto para o anunciante quanto para o usuário. Isso porque podem promover produtos ilegais e ofertas irrealistas, além de levarem pessoas a compartilhar informações pessoais, infectando dispositivos com softwares danosos.
Sabendo disso, o Google divulgou, em janeiro de 2017, alguns critérios que tem utilizado para identificar e derrubar anúncios ruins, além de dados relativos às peças que foram retiradas do ar no ano de 2016. De acordo com a empresa:
“Ultimamente, maus anúncios são uma ameaça aos usuários, aos parceiros do Google e à sustentabilidade da própria web”.
Por isso, o Google tem políticas estritas, que governam os tipos de anúncios que são e que não são permitidos. Com o objetivo de proteger os usuários, a empresa conta com um time de engenheiros, especialistas em políticas de privacidade, product managers e outros profissionais dedicados a identificar anúncios impróprios ou danosos.
Sumário
Alguns dados sobre anúncios banidos pelo Google
O Google diz ter derrubado 1,7 bilhão de anúncios que violaram sua política em 2016 – mais que o dobro da quantidade tirada do ar em 2015.
Segundo a empresa, “se você passasse um segundo tirando do ar cada um desses anúncios, levaria mais de 50 anos para terminar”. Por isso, há este investimento em tecnologias que permitam identificar anúncios ruins mais rapidamente.
No ano passado, o Google fez duas melhorias para derrubar mais anúncios ruins.
Primeiro, expandiu as políticas para proteger melhor os usuários de ofertas enganosas. Por exemplo, em julho, introduziu uma política para banir anúncios de empréstimo consignado – que com frequência resultam em pagamentos inalcançáveis, com juros altos para os usuários. Nos 6 meses desde que lançou essa política, foram derrubados mais de 5 milhões de anúncios desse tipo.
Em segundo lugar, reforçou a tecnologia para localizar e desabilitar anúncios ruins ainda mais rápido. Por exemplo, anúncios trick to click (aqueles que são pegadinhas para atrair o clique do usuário) com frequência aparecem como danosos ao computador para desencorajar os usuários a clicarem neles sem se darem conta de que estão baixando softwares danosos.
Em 2016, os sistemas do Google detectaram e desativaram um total de 112 milhões de anúncios trick to click – 6 vezes mais do que em 2015.
Veja os principais tipos de anúncios danosos que o Google derrubou em 2016:
1. Produtos ilegais
Alguns dos anúncios ruins mais comuns que o Google encontrou em 2016 promoviam atividades ou produtos ilegais. Embora tenha há tempos uma política contra publicidade ruim para produtos farmacêuticos, no ano passado essa categoria aumentou – foram desabilitados mais de 68 milhões de anúncios que violavam cuidados com a saúde, em comparação com 12,5 milhões em 2015.
De forma parecida, também houve mais tentativas de anúncios relacionados a promoções de jogos de azar sem a devida autorização de reguladores nos países em que operam. Foram tirados do ar mais de 17 milhões de anúncios desse tipo em 2016.
2. Anúncios enganosos
Alguns anúncios tentam atrair cliques e visualizações enganando as pessoas intencionalmente, por exemplo, com perguntas como “você corre risco com essa rara doença degeneradora da pele?” ou oferecendo curas milagrosas como uma pílula que ajuda a emagrecer em três dias sem levantar um dedo.
Em 2016, o Google tirou do ar aproximadamente 80 milhões de anúncios responsáveis por enganar ou chocar usuários.
3. Anúncios ruins em dispositivos móveis
Se você já esteve usando o celular e, de repente e sem aviso, acabou na app store baixando um aplicativo do qual nunca ouviu falar, um self-clicking ad (anúncio que leva a outra página sem o clique do usuário) pode ser o culpado.
Em 2015, o Google desabilitou apenas alguns milhares desses anúncios, mas, em 2016, os sistemas detectaram mais de 23 mil self-clicking ads – um aumento considerável de um ano para o outro.
4. Anúncios que tentam enganar o sistema
Maus anunciantes sabem que a publicidade de certos produtos – como suplementos para perda de peso e ofertas de empréstimo consignado – não são permitidas pela política do Google, então tentam enganar o sistema a deixá-los passar. Ano passado, o Google tirou do ar quase 7 milhões de anúncios por intencionalmente tentarem enganar seus sistemas de detecção.
Em 2016, a companhia viu o aumento dos tabloid cloakers, um novo tipo de anúncio que tenta enganar o sistema fingindo ser uma notícia. Cloakers com frequência tiram vantagem de assuntos do momento, como um eleição para o governo ou uma celebridade popular, e seus anúncios podem parecer manchetes em um site de notícias. Mas, quando as pessoas clicam na “notícia”, vão para um site de venda de produtos para perder peso.
Para combatê-los, o Google tem tirado do ar os próprios anunciantes, o que previne que anunciem novamente. Em 2016, foram suspensas mais de 1.300 contas por tabloid cloaking.
“Infelizmente, esse tipo de anúncio ruim está ganhando popularidade porque as pessoas estão clicando nele. E um grupo pequeno pode fazer bombar muitos anúncios ruins: durante uma mesma varredura em dezembro de 2016, derrubamos 22 cloakers que foram responsáveis por anúncios vistos mais de 20 milhões de vezes no período de uma semana”, diz o comunicado.
5. Promoção e lucro de sites ruins
Quando encontra anúncios que violam suas políticas, o Google bloqueia a peça ou o anunciante, dependendo da violação. Mas, às vezes, também precisa suspender o site promovido – aquele que as pessoas veem após clicarem.
Então, por exemplo, enquanto desabilitou mais de 5 milhões de anúncios de empréstimo consignado no ano passado, a companhia também agiu em 8 mil sites que promoviam os créditos desse tipo.
Alguns exemplos de violações de política comuns que o Google viu em sites ruins no ano de 2016:
- 47 mil sites que promoviam conteúdo e produtos relacionados à perda de peso;
- Mais de 15 mil sites que instalavam softwares indesejáveis;
- Foram desativados 900 mil anúncios por conterem malware;
- Foram suspendidos cerca de 6 mil sites e 6 mil contas por tentarem anunciar produtos falsificados, como imitações de relógios de marca.
Concluindo
Publishers e donos de sites usam a plataforma de AdSense do Google para ganharem dinheiro mostrando anúncios em seus conteúdos e sites, por isso o Google tem políticas estritas para manter segura a sua busca.
“Quando um publisher viola nossas políticas, talvez paremos de mostrar anúncios no seu site ou talvez até encerremos sua conta”, diz o comunicado.
O Google tem políticas de longa data que proíbem publishers do AdSense de publicarem anúncios em sites que ajudam as pessoas a enganarem as outras, como um site em que você compra diplomas falsos ou trabalhos acadêmicos plagiados.
Em novembro, foi introduzida uma nova política para o AdSense que ajuda a empresa combater donos de sites que enganam pessoas com seus conteúdos.
Entre novembro e dezembro de 2016, foram revisados 550 sites que eram suspeitos de enganarem usuários com seu conteúdo, inclusive personificando organizações de notícias. O Google agiu contra 340 deles por violarem suas políticas e 200 publishers foram expulsos da rede de forma permanente.
Além de tudo o que foi dito acima, o Google dá suporte à iniciativas como a Coalition for Better Ads – uma coalizão formada por empresas e associações comerciais internacionais com o propósito de melhorar a experiência dos consumidores na web.
Mesmo que a o Google tenha derrubado mais anúncios ruins em 2016 do que nunca, a empresa diz que a batalha não termina aqui. A empresa segue investindo em melhorar a detecção destes anúncios para identificar tentativas de enganar o sistema.
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