No último artigo falamos sobre os passos para anunciar no Facebook Ads. Agora falaremos de Design Gráfico! Vamos abordar o tema identidade visual, ou melhor, mostraremos como funciona o processo de criação de uma identidade visual completa.
Identidade visual é o conjunto de elementos formais que representa visualmente, e de forma sistematizada, um nome, ideia, produto, empresa, instituição ou serviço. Esse conjunto de elementos costuma ter como base o logotipo, um símbolo visual que se complementa nos códigos de cores, das tipografias, nos grafismos, em personagens, nas personalidades e outros componentes que reforçam o conceito a ser comunicado através dessa imagem como o Slogan ou Tag lines, que cumprem este papel. Resumidamente a Identidade Visual é a imagem ampliada da marca.
Mas você não sabe por onde começar, fique tranquilo que dividimos o processo de criação de uma identidade visual em dez etapas, que são:
- Análise do problema/projeto
- Pesquisa
- Conceito / brainstorming
- Estudo da forma
- Estudo do lettering
- Estudo das proporções
- Estudo da cor
- Teste e análise dos resultados
- Aplicações gráficas da Identidade Visual
- Apresentação
Vamos ao estudo minucioso de cada etapa!
Sumário
01. Análise do problema/projeto
Nessa primeira etapa poderá ser entregue um brief a agência, mas por vezes não é entregue nada! Os profissionais de comunicação e design gráfico têm de absorver o máximo de informações sobre o projeto, colocando todas as questões ao cliente, sobre a empresa/produto/marca ou serviço. É preciso resumir todos os pontos essenciais para que seja possível entender exatamente qual é o projeto a ser executado. Público-Alvo, segmentação, posicionamento, estratégia de comunicação e marketing, entre outros aspectos.
“Um problema bem definido já é a metade da solução”.
Albert Einstein
02. Pesquisa
Depois de identificar qual o problema ou projeto, deve-se fazer uma pesquisa profunda internamente (à empresa/serviço/produto) e externamente (à concorrência). Pode-se abranger essa pesquisa não só à concorrência nacional como também internacional. Saber não ocupa espaço e quanto mais conhecimento sobre as outras soluções possíveis dos concorrentes, melhor será a solução. Nessa etapa, também pode ser feita uma pesquisa a respeito de tendências gráficas, cores, padrões, fontes, etc.
03. Conceito / brainstorming
Da pesquisa partimos para o momento da chuva de ideias, onde procuramos um ou mais conceitos e registramos. Tendo em mente o problema/projeto inicial que já deverá estar muito bem definido, ilustramos os conceitos numa parede com imagens (concept board) e cores (color board). É hora de refinar, filtrar, discutir, pedir opiniões e escolher.
04. Estudo da forma
Baseando-se nos pontos anteriores (Brief/Pesquisa/Conceptual), utiliza-se apenas preto e branco para controlar a força das formas. Aqui entram também outras disciplinas e teorias – pregnância, semântica, sintaxe, morfologia, gestalt, ergonomia, psicologia, sociologia, etc.
Desenha-se sobre papel opaco todas as ideias gráficas. O papel vegetal é importante, pois é agora segue-se o raciocínio de fazer junções e alterar registos gráficos, com pontos, linhas, texturas. É necessária atenção com as linhas muito finas e lembrar-se que o estilo iconográfico é mais perceptível que o estilo realista.
Nessa etapa, após a criação do papel, fotografa-se o material ou digitaliza-se para posteriormente vetorizá-lo no computador, em programas como CorelDraw ou Ilustrator.
05. Estudo do lettering
Depois de ter a forma bem desenhada vetorialmente em preto e branco, é a hora de estudar os vários estilos de lettering/fontes, de modo a entendermos qual o estilo que melhor comunica e se adequa ao conceito pretendido. É importante imprimir os testes, para poder ver o projeto em situações reais. Lembre-se também que a tipografia tem regras de legibilidade.
06. Estudo das proporções
Nesta fase observamos que a força do lettering é tão importante quanto a força do símbolo, portanto, prima-se pelo equilíbrio e máxima legibilidade. Faça testes impressos de redução mínima ao logo, depois de ter entendido exatamente quais as proporções entre forma e lettering, estudando sempre outras possibilidades de assinaturas da marca (sempre a preto e branco).
07. Estudo da cor
Depois de ter a forma/lettering/proporção definida, é momento de decidir uma das principais questões de uma Identidade Visual: as cores. Apoiando-se no Color Board da segunda etapa, são executados vários testes de cor, junções, misturas, gradientes e texturas.
Perceba que a cor transmite vários estados de espírito (sinestesia), há significados diferentes para cada cor, e cada cultura atribui às cores o seu próprio significado. Veja o significado das cores clicando aqui.
Preste atenção nos sistemas de cores utilizados. Os trabalhos executados voltados apenas para a web são mais fáceis de controlar, pois não terá conversões. Já na impressão sim, do RGB para o CMYK, e isso pode acarretar uma grande variação nas cores da identidade se não for adequada anteriormente.
08. Teste e análise dos resultados
A partir de identidades diferentes são feitos testes de legibilidade, morfologia, sintaxe, semântica, pregnância, junto do público-alvo. De acordo com as preferências do público, escolhemos 3 propostas para comprovar ao seu cliente que já está à frente, e que o seu trabalho é sustentado em fatos e testes.
09. Aplicações gráficas da Identidade Visual
Aplica-se a identidade mais votada em peças necessárias ao seu cliente justificando a escolha. Caso a proposta de identidade visual não agrade o cliente, informa-se que está a ir de encontro às análises realizadas, contudo, fará as alterações no projeto.
10. Apresentação
Para além das maquetes rigorosas e impressas, pode-se levar também uma animação introdutória, home do website, brindes, propostas de promoções, redes sociais etc. Desta forma conseguimos separar as águas e justificar ao cliente o trabalho.
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